Categoria terá carros mais seguros e rápidos

“É um outro carro”, manifestava-se Francisco Mazza. “O carro está muito mais no chão. O pega este ano vai ser ainda mais emocionante”, anunciava R. Derani; enquanto Andrea Conte elogiava a capacidade do carro em retomar seus giros logo após à saída das curvas. Os elogios, aliás, vieram também de pilotos convidados que não conheciam o carro. Thiago Balistrieri Beilstrein, 24 anos, experimentou e gostou: “além de muito firme no chão, os freios são excepcionais. Com muita segurança, dá para começar a frear na placa dos 50 metros”, referindo-se à reta dos boxes de Interlagos, pouco antes de entrar no S do Senna”.

As primeiras manifestações sobre o Projeto 2005 do carro Trofeo Maserati foram emitidas nesta quarta-feira, dia 16, entre 9 e 12 h, quando cerca de trinta convidados, em sua maioria pilotos gentlemen drivers da temporada 2004, conheceram o novo carro, no Autódromo Municipal José Carlos Pace/Interlagos, em São Paulo.

Participaram da apresentação os pilotos gentlemen drivers Andrea Conte, Antonio Hermann, A. C. Baptista, Francisco Longo, Francisco Mazza, Luís Cláudio Assaf (Tatu), Clemente Lunardi, Luiz Zattar, M. Billi, Nelson Girardi, R. Derari, Renato Cattalini, Valter Rossete e W. Derani. Além deles, mais oito convidados puderam conhecer o carro.

Também prestigiaram a apresentação os representantes da Pirelli, Clóvis Kitahara, e da Gabardo Logística e Transporte de Veículos, Lílian Solazzo.

“Ao longo da primeira temporada do Trofeo Maserati, tivemos a oportunidade de conhecer bem o carro e já vínhamos desenvolvendo algumas alterações”, explica Fábio Murari, diretor técnico da Maserati Club Corsa. “Ouvimos pilotos e a direção esportiva, além de analisar etapa a etapa, entre as três pistas de 2004, Interlagos, Pinhais e Rio de Janeiro. Com isso, procuramos adequar melhor o carro às condições brasileiras de competição”, argumenta.

As principais alterações ficaram por conta do alívio de pesos (retirada das caixas de ar interno, máquinas do vidro elétrico, airbags e de outros componentes); do reforço estrutural (adição de 8 metros de caro e chapas de ancoragem dos amortecedores e reforços, novas costuras de Mig e modificação do sistema de air-jacks – de 3 para 4 peças); do freio (mudança na ventilação, troca do fluido de freio, redistribuição da carga do e novos flexíveis em aeroquip); desenvolvimento do capô, pára-choque traseiro, espelho retrovisor, porta-mala e outras peças em fibra de vidro; introdução de nova míni-saia lateral, aletas das asas e spoiler dianteiro com carenagem das rodas.

Além disso, a gestão técnica introduziu um novo kit de amortecedores, buchas, molas, batentes, link de cursos, maior ângulo de cursos, variação de ancoragem, calços de rodas, “prisioneiros” e porcas rígidas e novas travas no cubo dianteiro; os pneus passaram de 245/18 para 265/18; no motor, novos escapes com saídas laterais, mudança do filtro de ar e desenvolvimento de componentes eletrônicos para modelo de competição; e, finalmente, no câmbio, aumento da quantidade de fluido no sistema (de 0,7 para 1,2 litro), troca do fluido para tutelas CS Speed, reposição da ECU, reles e fusíveis, bomba de maior resistência e cobertura dos semi-eixos.

“Com essas alterações, os pilotos vão perceber que os carros ficaram bem mais rápidos e seguros”, garante Murari, para quem os novos features poderão ser traduzidos em mais emoção nas pistas da competição.