Para Eduardo Fráguas, o Mad Macarrão, mesmo a próxima prova de Londrina (PR), cidade que é sede da sua equipe Londrina Truck Racing/ Delphi/ Itapemirim Cargas, não tem favoritos, principalmente após os resultados de Interlagos e Guaporé. Na pista de São Paulo anunciava-se que os caminhões com maior potência de 12 litros seriam os favoritos porque o circuito permitia que esses pudessem despejar toda a sua potência, no entanto o vencedor foi o seu companheiro Leandro Totti que pilota, como ele, um 9 litros da marca Ford. Já para a etapa gaúcha especulava-se que os caminhões ditos menores e com menos potência se dariam melhor, principalmente pelo retrospecto destes e pelo traçado do circuito, porém o vencedor foi Wellington Cirino pilotando um Mercedes-Benz.
“Essa tese de que uma pista é melhor para um tipo caminhão e a outra para outro está sendo derrubada neste campeonato, com isso a idéia de favoritos não existe mais e o resultado de Londrina pode surpreender”, afirma Macarrão. No entanto, o piloto paulista salienta que Londrina é a “casa” de sua equipe e que seu companheiro Leandro Totti conhece o circuito como a “palma de sua mão” e isso deve ser o diferencial para que a vitória possa ser alcançada.
“Londrina é a nossa sede, o meu companheiro Leandro Totti está em segundo lugar na classificação do campeonato e conhece bem a pista. Ele anda nela a mais de dez anos, treina com o caminhão quase todas as semanas. O meu caminhão também é acertado pelo Totti, na hora vou lá e faço algumas pequenas mudanças, porém 90% sai das mãos dele. Com isso a nossa estratégia está traçada e acredito que estamos muito bem preparados para a disputa”, considera o Mad.
Além de piloto desde o começo da categoria, o Eduardo “Macarrão” também é um entusiasta das inovações que cada ano são implementadas e saúda as novidades quem vem para 2006. “O Aurélio se preocupa muito com o evento, ele quer a igualdade de condições de disputa para todas as equipes e a possibilidade de utilização do bi-turbo facilita para os times menores também buscarem mais potência, hoje é isso é limitado pelo alto custo do turbo especial que é importado. Por outro lado incentiva a entrada de mais marcas de turbos e o desenvolvimento destes dentro da pista”, salienta o piloto da equipe Londrina Truck Racing/ Delphi/ Itapemirim Cargas.
A luta incessante da categoria na redução de emissão de fumaça dos motores diesel na competição terá mais um aliado com a utilização do bi-turbo, segundo Macarrão. “A Petrobrás está lançando neste ano um combustível que está sendo testado na categoria desde o ano de 2000, a partir de 2006 serão iniciados testes com combustíveis que terão seu lançamento provavelmente em 2010. Porém, apesar todos os investimentos da Petrobrás, só as melhorias no combustível não reduzem a emissão de fumaça aos níveis esperados, com a utilização do bi-turbo espera-se eliminar até 40% de fumaça”, informa.
Mad Macarrão considera também que as outras mudanças propostas numa reunião entre a organização da categoria e os pilotos logo após o evento em Guaporé trarão sensíveis melhorias para a Fórmula Truck em 2006. Entre elas destaca, a possibilidade de redução do peso dos caminhões mais potentes e mudanças no sistema de classificação para a formação do grid de largada. “As tecnologias estão aí e precisam ser aproveitadas, para 2007 a expectativa é de uma competição somente com caminhões eletrônicos, o trabalho para todos migrarem para essa nova situação já deve começar hoje, é fazer as coisas pensando lá na frente”, finaliza.