A segunda corrida de 2008 do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, em Goiânia, será uma das etapas mais causticantes para os velozes caminhões da categoria. O clima habitualmente seco e a alta temperatura da capital goiana, fatores que acentuam o desgaste dos equipamentos, ganham um reforço na prova deste domingo (6) no Autódromo Internacional Ayrton Senna – a antecipação da largada em uma hora, das 14h para as 13h.
A implantação da mudança, que contempla a projeção de aumento na audiência das provas, transmitidas ao vivo pela Rede Bandeirantes, oferece como conseqüência uma temperatura ambiente presumidamente mais alta enquanto os 24 pilotos estiverem na disputa pela vitória. “A tendência é de que o desgaste dos caminhões seja mais acentuado”, acredita o piloto paulista Vinicius Ramires, que atua na Fórmula Truck pela equipe RRT2.
Diante do desgaste excessivo sugerido pelas características da prova, a durabilidade passa a ser um aliado importante. Neste ponto, Ramires garante ter uma vantagem. “O caminhão Axor 2044 da Mercedes-Benz tem uma durabilidade impressionante. Estou competindo com este modelo desde o começo de 2006 e não tive nenhuma quebra durante corridas. É sempre um ponto positivo para uma corrida desgastante como a de Goiânia”, diz.
Foi no traçado goiano de 3.835 metros que Ramires, vice-campeão da F-Truck em 2006, obteve seu melhor resultado no ano passado – foi quinto, depois de largar em 19º. “O pódio foi o prêmio por termos suportado as duras condições da corrida. A estratégia não vai ser diferente desta vez, só pretendemos largar de uma posição melhor, das primeiras filas do grid. E, em Goiânia, chegar ao final é mais importante do que ser extremamente rápido”, considera.
Vinicius Ramires, que tem o caminhão número 80 decorado nas cores de Empresas Rodobens e Renov/Remanufatura Mercedes-Benz, considera que sua equipe atingiu, para a etapa em Goiânia, 50% do desenvolvimento projetado para a temporada de 2008. “Até a corrida seguinte, deveremos estar bem próximos dos 100%. Ainda não é o estágio ideal, mas isso não quer dizer que não vamos ter um bom nível de competitividade. Dá para pensar em pódio”, avisa.
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