Liderança muda de mãos

Embolou de vez a classificação da Fórmula Truck. Com sua terceira vitória consecutiva, conquistada hoje (domingo), no circuito de Tarumã, na grande Porto Alegre, o paranaense Wellington Cirino (Mercedes) assumiu a ponta da tabela, adiando para a última etapa de decisão do título deste ano, que parecia estar nas mãos do paulista Djalma Fogaça (Ford), vencedor das três primeiras etapas do ano e também da quinta, esta ainda sub-júdice. Fogaça chegou hoje apenas na sexta colocação. Com a vitória, Cirino soma agora 138 pontos, contra 132 de Fogaça.

O grande duelo da tarde, que empolgou o público de quase 50 mil pessoas presentes ao circuito que fica no Município de Viamão, foi travado entre o pole-position Cirino e o paulista Renato Martins (Volkswagen), segundo no grid. Com um caminhão mais acertado, Martins pressionou Cirino, que se defendia como podia, até que para não bater na traseira do caminhão do líder, Martins travou os freios e escorregou para a parte suja da pista na freada da curva do laço. “Eu estava muito mais rápido. O Cirino freou antes e tive que desviar para não bater, prejudicando minha corrida”, declarou Renato. Na manobra, o Titan Tractor de Martins foi para a caixa de brita, estragando o spoiler dianteiro, que desequilibrou a frente do caminhão, que voltou à disputa na 5a posição. Vignaldo Fizio (Mercedes), terceiro no grid, herdou o segundo posto, trazendo o pernambucano Beto Monteiro (Ford) em terceiro e o atual campeão da categoria, Roberval Andrade (Scania), na quarta posição. Renato voltou a atacar, conquistando o quarto posto numa briga que durou várias voltas contra Roberval, enquanto, Neno Borlenghi (Volkswagen) fazia uma prova excelente em sua primeira aparição em Tarumã, ocupando a sexta colocação e pressionando Roberval.

Djalma Fogaça (Ford), fazia uma prova de recuperação, desde a 12a colocação no grid, na corrida de estréia de seu novo caminhão, que substitui o titular, incendiado na última prova, disputada em Interlagos. Na 10a volta, Vignaldo Fizio abandonou com a quebra da turbina de seu motor Mercedes. Cirino seguiu firme na ponta, sem ser incomodado por Beto Monteiro até a passagem da 12a volta, quando acontece a bandeirada programada, onde os seis primeiros pontuam. Na relargada, Martins alternava a terceira posição com Roberval, finalmente conquistada na 15a passagem. Na volta seguinte foi a vez de Borlenghi superar Roberval para conquistar a quarta colocação.

Sempre vítima de superaquecimento de freios, problema crônico do caminhão Mercedes, desta vez Cirino beneficiou-se da entrada do “pace-truck” na 16a volta, quando os caminhões de Luiz Zapellini (Volkswagen) e José Cangueiro (Iveco) se chocaram na curva oito. O refresco foi providencial e na relargada o paranaense manteve a ponta até a bandeirada.