O paulista Renato Martins (Volkswagen) segue para o Paraná no próximo final de semana com um só objetivo: vencer a última etapa da Fórmula Truck, que será disputada no próximo domingo no Autódromo Internacional de Curitiba. O piloto de São Paulo, maior vencedor da história da categoria, quer terminar a temporada com a vitória, que coroaria uma temporada marcada por protestos, desclassificações e reviravoltas na pontuação, devido a má interpretação do regulamento da categoria. “Temos um caminhão confiável e muito rápido. Em condições normais de corrida, somos sempre favoritos. Vou para Curitiba para vencer”, decreta. Uma vitória, dependendo do resultado de outros competidores, poderá valer o vice-campeonato da temporada para Renato.
Um dos pivôs do “imbróglio” jurídico em que se transformou a temporada, Renato acredita que a categoria deveria ter seu regulamento mais respeitado, mais bem escrito em alguns detalhes e os aspectos interpretativos deveriam ser banidos de uma categoria tão profissional e que atrai grandes patrocinadores e todas as montadoras de caminhões instaladas no Brasil: “Uma pessoa fica observando os caminhões e define quem faz muita fumaça e quem faz pouca fumaça, sem nenhum critério técnico. E numa interpretação errada, pode prejudicar o trabalho de um ano inteiro, resultado de muito investimento. Para mim, a decisão do tribunal que desclassificou o Fogaça não define a temporada. Ganhei em São Paulo e esta vitória foi-me tirada numa interpretação do regulamento. Se vencer em Curitiba, vou novamente ao Tribunal atrás desses pontos, assim como da minha pole em Londrina, cassada em função de um suposto excesso de fumaça”,declarou o piloto da Volkswagen.
O Tribunal Superior de Justiça Desportiva da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), confirmou ontem (terça-feira), a decisão dos comissários técnicos e desportivos, que desclassificaram todos os pilotos que correram com o caminhão Ford Cargo na 5ª etapa do brasileiro de Fórmula Truck em Londrina, no dia 27 de julho. Djalma Fogaça, Beto Monteiro e Leandro Totti utilizaram um coletor de admissão retrabalhado. O regulamento proíbe retrabalho nessa peça. Fogaça alegou que o motor Cummins não tem coletor de admissão, sendo uma peça única, formada com o cabeçote. O paulista, que não tem mais instancia esportiva para recorrer e pretende levar o caso à Justiça Comum.
Veja como ficou a classificação de pois das deliberações do STJD da CBA:
1o ) Wellington Cirino, 149 pontos.
2o ) Renato Martins e Djalma Fogaça, 105
4o ) Beto Monteiro 97
5o ) Roberval Andrade, 84
6o ) Pedro Muffato, 59
7o ) Tiago Grison, 42
8o ) Jonatas Borlenghi, 37
9o ) Jorge Fleck, 26
10o ) Geraldo Piquet e Fabiano Brito, 19
12o ) Vignaldo Fízio, 16
13o ) Fred Marinelli, 15
14o ) Diumar Bueno, 10
15o ) Débora Rodrigues, Eduardo Fráguas, Leandro Totti e Andrei Capanema, 7
19o ) Luiz Carlos Lanzoni, 5
20o ) Luiz Carlos Zappelini, 4
21o ) Álvaro Broilo e Beto Napolitano, 3
22o ) José Cangueiro, 2 pontos.