Muffato pontua, mas frisa que precisa de motor mais potente

Pedro Muffato vive em 2004 sua temporada mais problemática desde que chegou ao Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, quatro anos atrás. A adoção do modelo P124 da Scania para este ano e a necessidade de desenvolvimento do modelo eletrônico foram responsáveis por uma série de dificuldades para o piloto paranaense, que na sexta etapa, no domingo (22), voltou a pontuar com o décimo lugar no Grande Prêmio de Londrina.

Foi a primeira vez na temporada que Pedro chegou ao fim de uma corrida marcando pontos. Em Caruaru, na abertura do campeonato, ele também marcou um ponto, em décimo, mas havia abandonado a uma volta e meia da bandeirada, com uma pane na direção hidráulica. Na prova seguinte, em Guaporé, foi o nono, mas, com um pneu estourado na volta final, só ficou na pista para se arrastar até a linha de chegada, onde estacionou.

As três provas seguintes foram problemáticas para Pedro. Em Interlagos, a quebra da turbina durante as voltas de aquecimento o levou de volta aos boxes. Só conseguiu entrar na pista quando a prova estava a 13ª volta. Em Goiânia, teve a alavanca de câmbio quebrada na quinta volta e abandonou. Em Campo Grande, a falta de potência no motor de seu caminhão o relegou ao pelotão intermediário. Terminou a corrida em 11º lugar.

“Por algum motivo que a gente não conhece, meu caminhão não rende o que o outro rende”, lamenta, citando o modelo T124 do paulista Roberval Andrade, seu companheiro na equipe M.A. Motorsport. “O Roberval testou o meu caminhão e virou os mesmos tempos que eu viro. Quando eu andei no caminhão dele, fiquei muito perto do tempo dele. A verdade é que o desenvolvimento do caminhão dele tem funcionado melhor que o do meu”.

Muffato, que estampa no Scania número 20 as cores e logomarcas de Bombril, Refrescos Camp, FAG, KS e Rede Scania, reconhece que o P124 “é bom de chão”. “O que falta é um motor mais potente”, frisa. “Em Londrina, eu tinha que sair das curvas com uns três caminhões de vantagem para quem vinha atrás. Se a distância fosse menor, perdia a posição na reta”, conta. “Se não fosse o contrato com os patrocinadores, eu pensaria em voltar ao caminhão antigo”.