Nos últimos anos, a participação feminina vem aumentando no mundo do automobilismo. A nova série Extreme E, por exemplo, consagrou uma divisão de gênero 50-50 dentro de suas equipes, proporcionando novas oportunidades para as pilotas compartilharem a plataforma com estrelas do Campeonato Mundial de Rally e RX Mundial. Enquanto isso, o campeonato de monopostos feminino, a W Series, retornará neste ano e participará da lista de apoio da Fórmula 1 em oito finais de semana de GP.
A pilota Katherine Legge acredita que a participação feminina deve explodir nos próximos anos. Ela também afirma que este pode ser o momento positivo para encerrar a longa espera por uma pilota na Fórmula 1. Legge testou o carro da equipe Minardi em 2005 na F1 e a pilota Susie Wolff competiu em quatro sessões de treinos livres como piloto de testes para a equipe Williams em 2014 e 2015. Porém, nenhuma mulher tentou se qualificar para um Grande Prêmio desde Giovanna Amati, no ano de 1992.
“Acho que vai explodir nos próximos 10 anos ou mais e acho que veremos mulheres na Fórmula 1 e em todas as categorias principais do automobilismo. Ao longo do tempo que estou competindo, tudo mudou muito. Quando me mudei para os Estados Unidos, em 2005, havia Danica (Patrick), eu e Susie correndo profissionalmente e agora há muito mais. Quando eu comecei era mais uma novidade e agora não é mais uma novidade, é meio que a norma. Mais e mais garotas estão provando que podemos ser competitivos, então não é uma anomalia”, afirmou Legge.
Legge tem passagens pela Champ Car, DTM e Indy antes de fazer duas corridas na Fórmula E com a equipe Amlin Aguri, em 2014-2015. A pilota disse que a W Series é um exemplo de como os tempos estão mudando e que as oportunidades hoje em dia estão maiores do que antigamente.
“Eu queria ser 20 anos mais jovem, honestamente, porque as oportunidades agora para as mulheres nas corridas são milhares de vezes maiores do que quando comecei. As portas estão se abrindo e há mais gente abrindo essas portas que vão fazer com que as Katherines de nove anos do futuro tenham mais oportunidades”, contou Legge.
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