Retrospectiva: Ano competitivo estabelece lugar da W Series no automobilismo

A W Series entregou temporada para se orgulhar em 2021. Com um ano bastante competitivo e protagonizado por ótimas brigas, se estabeleceu em definitivo no cenário do automobilismo e pode ficar orgulhosa do papel que tem desempenhado.

Para o segundo campeonato de sua curta história, a categoria total e exclusivamente feminina trouxe grandes novidades. Além de um calendário maior e com passagem na América do Norte, trouxe estrutura de equipes, dividiu os finais de semana com a F1 e ainda distribuiu os importantes pontos para a super licença.

Ainda, entre as competidoras, nomes já conhecidos como Jamie Chadwick, que veio com a missão de defender o título, Beitske Visser, Alice Powell, além de novatas como a brasileira Bruna Tomaselli, Irina Sidorkova e Nerea Martí.

Portanto, foram oito etapas extremamente disputadas, mas com dois nomes que se destacaram. Powell e Chadwick se engajaram na batalha pelo caneco e levaram a decisão até a última corrida do ano, no Circuito das Américas, Austin, Texas.

Mas a dupla não foi a única que mereceu destaque ao longo do ano. Emma Kimiläinen, pilota mais velha do pelotão, também conquistou uma vitória, além de Martí, Sarah Moore, Fabienne Wolhwend, Abbi Pulling, Sidorkova e Marta García também marcaram presença no pódio.

Das 20 competidoras que correram ao menos uma etapa – a W Series, além das 18 regulares, conta com as pilotas reserva que fazem rodízio entre si – apenas Sabré Cook ficou fora da zona de pontos – a norte-americana enfrentou problemas ao longo de 2021. Todas as demais somaram ao menos um tento.

Surgindo como uma porta de entrada para as meninas que estão dando os primeiros passos no esporte a motor, o certame chefiado por Catherine Bond Muir tem mostrado que cumpre sua função – ser vitrine para essas garotas – de forma exemplar.

Não apenas Jamie conseguiu se destacar em outras categorias como Visser está no Mundial de Endurance, Jéssica Hawkins é embaixadora da Aston Martin e Sidorkova e Martí tiveram a oportunidade de testar carros da Fórmula 3.

Ainda é cedo para saber se, de fato, a W Series vai causar uma mudança sensível e notável no cenário do automobilismo mundial. Mas com apenas duas temporadas conseguiu estabelecer, sim, seu espaço no esporte.