Bruna Tomaselli fez a estreia no automobilismo europeu ao disputar a W Series na temporada 2021. Em um ano onde o aprendizado foi o carro guia, teve seus altos e baixos, mas soube aproveitar bem a oportunidade.
A única brasileira no grid estava garantida no campeonato de 2020. Entretanto, este teve de ser cancelado por conta da pandemia do novo coronavírus e, portanto, sua participação foi carregada para o atual ano.
Então, antes de disputar a categoria exclusivamente feminina, a pilota nascida em Caibi fez uma passagem pelos Estados Unidos. Lá, disputou por três anos na USF 2000, escada para chegar à Indy, e chegou a conquistar o título de maior número de ultrapassagens na temporada.
Em 2021 passou então a correr na Europa. Chegou à W Series no ano que a categoria se expandiu aumentando o número de corridas no calendário, dividindo finais de semana com a F1 e estabelecendo divisão de equipes no grid. Nessa, caiu na Veloce e foi companheira de Jamie Chadwick.
Muitas das pilotas do pelotão já haviam corrido em 2019, primeiro campeonato da história, ou tinham histórico na Europa. Portanto, pista ou outra já tinham familiaridade, algo que Bruna teve de aprender na prática e com pouco tempo de treino – cada fim de semana tem 30 minutos de TL, 30 de classificação e 30 de corrida.
Com isso, teve de enfrentar muitos obstáculos ao longo de sua campanha. Das oito corridas em que disputou, pontuou em duas e teve uma quarta colocação na etapa 2 no Red Bull Ring, Áustria, como melhor resultado.
Com os 12 tentos conquistados, terminou a classificação na 15ª colocação. A posição não foi suficiente para garantir a vaga automática para o campeonato para a temporada que vem e, portanto, vai ter de enfrentar mais uma vez o processo seletivo.
Tomaselli, em todos os momentos, falou das dificuldades que enfrentou e como isso a ajudou a aprender e evoluir como pilota. Para 2022, deve chegar mais preparada e com condições de brigar cada vez mais pelas posições dos pontos.