Pole na edição inaugural da prova no ano passado, a Aston Martin voltou a confirmar sua força na classe GTE Pro do Mundial de Endurance e dominou os treinos classificatórios que definiram a ordem de largada das 6 Horas de Interlagos. O modelo Vantage V8 dividido pelo português Pedro Lamy e pelo neo-zelandês Richie Stanaway, que na corrida terão a companhia do canadense Paul Dalla Lana, foi o mais rápido e comandará o grid a partir do meio-dia deste domingo. Também defendendo a equipe oficial inglesa, Bruno Senna, que em São Paulo está tendo o inglês Rob Bell como único parceiro, partirá na 6ª colocação. O mais veloz do qualifying foi o protótipo Audi R18 e-tron quattro do alemão André Lotterer, do francês Benoit Tréluyer e do suíço Michael Fassler, com o tempo médio de 1min21s303.
O carro 98 não era apontado como favorito. “Sim, com base nas três corridas anteriores, a pole surpreendeu um pouco”, admitiu Lamy, um dos primeiros a sair dos boxes para as duas voltas rápidas a que cada piloto tinha direito – o tempo final de 1min33s340 foi obtido pela média dessas voltas. “Não queria pegar tráfego, mas a pista não estava ainda muito boa. Felizmente, o Richie fez um ótimo trabalho e virou mais rápido, como fizeram todos os demais que classificaram por último”, explicou.
Bruno disse que estranhou o comportamento do carro na classificação. “Estava dianteiro desde o início dos treinos, mas ficou muito traseiro com pouco combustível e pneus novos. A primeira volta não foi tão boa porque não ataquei como deveria”, afirmou. Apesar de um certo desapontamento com a posição no grid, Bruno ressaltou o equilíbrio da categoria. “A gente já sabia que o fim de semana seria duro, porque todos estão competitivos”, lembrou.
A vitória em Silverstone, o segundo lugar em Spa e o abandono em Le Mans por causa de um acidente protagonizado pelo companheiro Fred Makowiecki compõem o retrospecto de Bruno em sua temporada de estreia no Mundial de Endurance da FIA. Embora ainda limitada, a experiência já lhe deu ensinamentos proveitosos. “Largar na pole é legal, mas a corrida é outra história completamente diferente. Aí é uma questão de administrar o consumo de pneus e de combustível”, analisou. As equipes são obrigadas a usar dois tipos de compostos e o desgaste dos médios parece muito maior que o dos duros. A avaliação da Aston Martin é que os médios estão acabando rapidamente.
Por MF2