Neste fim de semana, a World Series dará a largada para a temporada mais badalada desde sua criação, há exatos dez anos, quando Ricardo Zonta, Narain Karthikeyan, Justin Wilson, Bas Leinders, Franck Montagny e uma leva de pilotos renomados deram o pontapé inicial no campeonato, que revelou posteriormente nomes hoje consagrados como Heikki Kovalainen, Tiago Monteiro, Robert Kubica, Sebastian Vettel, Kamui Kobayashi, Pastor Maldonado, Will Power, Pastor Maldonado, Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne, entre outros.
A safra oriunda da World Series fez frente à GP2, campeonato que vangloria-se por correr juntamente com a Fórmula 1 e gerar nomes como Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Contudo, para manter a competitividade e evoluir para ser cada vez mais uma alternativa real e rentável a pilotos que deixam carros menos potentes, como os da F-3, F-2, F-Renault, F-Abarth e GP3, um novo equipamento foi desenvolvido para a nova temporada, com características que o assemelha cada vez mais a um bólido de F-1, como o sistema de asa móvel (DRS), os freios de carbono e um renovado motor V8 que entrega ao piloto uma potência de 538 cavalos.
Isso fez com que veteranos e estreantes tivessem de começar do zero, como Yann Cunha, que representa a legião brasileira ao lado de André Negrão e Lucas Foresti, no grid composto por 26 competidores, incluindo os pilotos de testes da Force India e Mercedes na F-1, Jules Bianchi e Sam Bird, que trocaram a GP2 pela World Series em 2012. “É um carro novo para todo mundo. Quem tinha os macetes teve de jogar tudo fora e reaprender. No meu caso, eu e minha equipe, a Pons, sofremos um pouco no começo, mas tratamos de aproveitar ao máximo a pré-temporada para aprender o máximo possível do equipamento”, ressalta Yann, que terá suporte técnico de uma lenda do esporte a motor: o espanhol Sito Pons, um dos maiores pilotos da história do motociclismo.
Para se adaptar à nova realidade, uma vez que competira anteriormente de Fórmula 3, um carro com 200 cavalos de potência a menos, o piloto de 21 anos tratou de se exercitar com equipamentos de força similar, como os da AutoGP (antiga F-3000 europeia), campeonato no qual disputou duas etapas preparatórias. “Foi bom para ter um ritmo de corrida, pois nos treinos existe um cronograma, você dá poucas voltas, vai aos boxes, e não tem o ritmo de corrida. Neste aspecto, estou tranquilo e preparado”, destaca Yann, natural de Brasília (DF).
A primeira das nove rodadas duplas da World Series, que passará por Mônaco, Bélgica, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Hungria e Espanha, acontece no circuito de Aragón, localizado na cidade espanhola de Alcañiz. A pista, de sentido anti-horário, com 5.344 metros e 18 curvas recebeu um dos testes de pré-temporada, o que é um conforto para Yann, que se preocupará apenas em acertar o carro. “Os testes aqui foram importantes, pois já temos um acerto base. Como não precisarei me dedicar a aprender a pista, podemos atacar o acerto com força total. Por ser minha primeira corrida na categoria, terminar entre os 15 primeiros já é um grande avanço e uma meta honesta. Estamos trabalhando com calma, pois é tudo novo e temos um cronograma de médio prazo”, completa Yann.
Quem quiser acompanhar a temporada 2011 da World Series pode sintonizar neste fim de semana o canal por assinatura Bandsports, que exibirá ao vivo a primeira etapa, no sábado, a partir das 9h30 (de Brasília). A bateria complementar, marcada para o mesmo horário no domingo, será exibida em VT à noite, em horário ainda a ser definido pela emissora.