FIA discute “velocidades seguras” no Campeonato Mundial de Rali

A FIA vai se reunir com os organizadores do Rali na Alemanha, neste fim de semana, para discutir melhores métodos de medir a segurança do evento, após críticas as “velocidades médias”.

A rota do Rali da Finlândia, no mês passado, foi alterada significativamente para apresentar estradas mais sinuosas e estreitas, que baixaram a velocidade média. Após a mudança, a velocidade média, que em 2016 foi de 78,68mph, caiu em 2,52mph com a nova rota.

Entretanto, o tema causa debate entre os pilotos do WRC: “Esse estágio não era perigoso, e eu não acho que haja um problema de segurança quando estamos usando as estradas largas na Finlândia”, disse o piloto Ott Tanak ao ‘Motorsport’.

“A velocidade média não mostra tanto. Há lugares cada vez mais perigosos onde as árvores estão muito próximas (nas seções estreitas). Esses são os lugares ruins – a estrada larga não torna a rota perigosa. Veja Córsega, há uma estrada estreita e isso é mais perigoso”.

A FIA recomenda que as velocidades médias dos estágios não excedam os 85 mph (130km/h). Devido a isso, em 2017 a segunda corrida da etapa Knon na Suécia foi cancelada, após Tanak ganhar a primeira rodada com uma média de 138km/h.

Sébastien Ogier, atual campeão do WRC, disse que as chicanas da Finlândia de 2017 foram “besteiras”, mas apoiou a solução deste ano.

“Qualquer coisa artificial no evento é uma besteira para mim. Muitas das novas seções foram boas e desafiadoras, mas quando você vai mais e mais, é super rápido e isso gera um alto nível de risco e perigo”, relatou Ogier.

Yves Matton, diretor de rali da FIA, deixou claro que a Finlândia havia mudado sua rota por decisão própria, e não por ordem do corpo diretivo.