Ingo Hoffmann era a imagem do descontentamento após a oitava etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8, neste domingo (29) no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Londrina. Numa corrida conservadora, em que buscava um bom resultado para compensar as dificuldades enfrentadas no treino classificatório, o maior vencedor da categoria acabou abandonando por conta de um acidente que definiu como “desnecessário”.
Ingo sabia que enfrentaria uma prova difícil, uma vez que largava apenas em 15º na pista que mais oferece dificuldades às manobras de ultrapassagem no calendário da Stock Car V8. Na primeira volta, ganhou quatro posições. Ficou em 11º até a 16ª volta, altura da corrida em que ultrapassou Juliano Moro. Duas voltas depois, a tentativa do gaúcho de recuperar a posição provocou uma batida que levou o paulista aos boxes, onde abandonou a corrida.
“O Moro tentou passar numa curva onde essa manobra é completamente impossível”, argumentou Ingo, vencedor de 74 corridas e detentor de 12 títulos na Stock Car. “Nós conversamos depois da corrida, ele explicou que a batida não foi proposital e eu acredito nele. O problema é que um piloto de Stock Car não pode tentar coisas impossíveis. Em Interlagos, o Moro fez isso com o Thiago Camilo no ‘S’ do Senna e tirou o menino da corrida, também”, lembra.
Mesmo aceitando o pedido de desculpas de Juliano e acreditando que não houve má intenção, Ingo lamentou o acidente por vários motivos. Um deles é o fato de Paulo Enéas Scaglione, presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, ter convocado uma reunião com os pilotos, no sábado (28), para discutir a série de acidentes que marcaram a temporada. A manobra, antes da reclamação de Ingo, culminou com a desclassificação de Moro.