Ingo defende seqüência de vitórias no Rio

Vencedor das duas provas disputadas no Autódromo Internacional Nelson Piquet em 2004, Ingo Hoffmann volta ao Rio de Janeiro demonstrando motivação para a disputa da terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8. Maior vencedor da história da categoria, ele acredita que o bom retrospecto recente não representa o único fator de motivação para a disputa pela vitória na corrida deste domingo (19), que terá largada às 13h.

“O momento é de iniciar a reação no campeonato”, constata o piloto, que tem o Mitsubishi Lancer número 17 decorado nas cores e logomarcas de Filipaper, Castrol, BicBanco, Hospital Santa Helena, Cristália Genéricos e Sab Company. “O começo do campeonato foi complicado para nós, mas ainda temos dez corridas pela frente e há tempo para buscar o título. Só que para isso dependemos de um bom resultado no Rio”, acrescenta.

O piloto venceu oito das 33 provas da Stock Car já disputadas no traçado de 4.933 metros de Jacarepaguá, índice de 24,24%. Essas vitórias aconteceram em fases distintas da história da competição – a primeira foi verificada em 1980, segundo ano de existência da categoria, com um Opala; a última, em setembro do ano passado, com o chassi tubular coberto com a carroceria do Astra, até então a única opção para os pilotos da categoria.

Ingo diverte-se com a estatística. “Nem o Alain Prost ganhou tantas vezes aqui”, lembra, sobre as vitórias do francês em cinco edições do GP do Brasil de Fórmula 1 realizadas em Jacarepaguá nos anos 80. Foi do tetracampeão mundial, inclusive, que o piloto da AMG-Filipaper herdou, em 2004, o apelido “Mister Rio”. “Quando ganhei a segunda corrida aqui, alguns torcedores me chamaram assim. Espero que o Alain não fique chateado”, brinca.

O bom retrospecto intensifica a preocupação do piloto da AMG-Filipaper com relação ao projeto da prefeitura do Rio para erguer na área onde hoje está o circuito parte das instalações que vão receber os Jogos Pan-Americanos de 2007. “Ninguém é contra o Pan, mas mutilar a pista, como estão querendo fazer, é um crime”, opina. “É um dos melhores traçados que temos no País, e também um dos autódromos com melhor estrutura”, ele aponta.