Boesel estréia carro e sonha com pole

O pole position da segunda etapa, a primeira da história da Stock Car na pista, chegará a Campo Grande com um reforço extra. Ereneu Boettger, chefe da Equipe Repsol, confirmou a estréia do novo carro de Raul Boesel neste fim de semana na capital do Mato Grosso do Sul. Em abril, o campeão mundial de Endurance de 1987 foi o mais rápido do treino classificatório e dividiu a primeira fila do grid com o companheiro David Muffato. No final da corrida, no entanto, as posições se inverteram, mas garantiram à Repsol a segunda dobradinha desde a criação da equipe em 2000.

Boesel acha que o carro pode ajudá-lo a encerrar um período de resultados abaixo de seu potencial. Depois do segundo lugar em Campo Grande, o quarto na recente etapa de Interlagos se constituiu na melhor posição de chegada. “Estou animado com essa corrida. Um carro novo sempre requer ajustes, e por isso vou aproveitar o primeiro treino da sexta-feira mais para checar o funcionamento de todos os componentes. Mas o importante é que o carro foi montado pela equipe do Ereneu, o que é uma garantia de qualidade”, lembra.

Os trabalhos na oficina da Equipe Repsol em Timbó (Santa Catarina) levaram cerca de um mês e meio. O piloto paranaense acha que qualquer ganho pode ter um peso relevante num momento em que o campeonato começa a entrar na reta final. “Começamos a temporada muito bem, com um ótimo acerto, mas acho que as demais equipes conseguiram reduzir a diferença. Por isso, acho que vamos ter de mexer nas regulagens e tentar melhorar o carro nesta volta a Campo Grande.”

As equipes esperam encontrar em Campo Grande uma temperatura amena, em contraponto ao forte calor de abril. A pista mais fria provocará alterações principalmente na calibragem dos pneus. “Dá para aumentar um pouquinho mais a pressão”, informa Ereneu. Independentemente das condições climáticas, no entanto, Boesel espera uma dura luta pela pole. “Não será fácil repetir a dobradinha da prova anterior. As equipes evoluíram, os pneus de agora deverão ser de 1,5 a 2 segundos mais rápidos e muita coisa mudou de lá para cá.”