O bom filho à casa torna. Depois de 26 anos da inauguração oficial do Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Oscar Sajovic volta ao circuito carioca neste final de semana, quando será realizada a sexta rodada dupla do Campeonato Brasileiro de Stock Car Light – Copa Astra. O traçado ainda é o mesmo desde a prova do Brasileiro de Turismo da Série A do dia 28 de agosto de 1977, vencida por Toninho da Matta, pai de Cristiano da Matta, piloto da Toyota na Fórmula-1. A diferença, segundo Sajovic, é a modernização da estrutura e dos itens de segurança. As corridas terão transmissão ao vivo pela ESPN Brasil.
“Tudo era muito diferente. Na prova de inauguração, 23 carros capotaram. O terreno era muito arenoso pois foi construído numa espécie de pântano, uma região mais para jacaré que para corrida. Quando um carro ia para a terra pulava e não tinha jeito de segurar. A gente passou a chamar de Capotródomo de Jacarépagua”, brincou o piloto. O nome Jacarepaguá é uma derivação de yakaré (jacaré) + upá (lagoa) + guá (baixa, rasa) ou seja, jacarepaguá em tupi-guarani significa baixada rasa dos jacarés.
Oscar ficou mais de quinze anos longe das pistas. O piloto acredita ainda não estar totalmente adaptado ao Astra de chassi tubular, motor de seis cilindros e 350 cavalos de potência.
“Tudo é muito diferente. Antes, a gente viajava com o próprio carro que corria no domingo. Muitas vezes não dava tempo nem para tirar a placa para a corrida. O macacão também era de jeans. Comprei o primeiro de amianto neste ano”, disse.
Antes de buscar patrocinadores e fazer a inscrição na Light, Oscar precisou conversar com os filhos – um garotão de 13 anos e duas jovens, de 17 e 18 anos. O piloto não se arrependeu da decisão.
“A maioria dos pilotos tem de falar com os pais para correr. Eu não. Quando decidi que disputaria a temporada de 2003 tive que discutir com os filhos. Correr é um trem gostoso demais. Estava me sentindo velho e remocei com a Stock Light”, disse o simplório Oscar, que mora na cidade de Jaú, interior paulista.
O Autódromo de Jacarepaguá foi homologado em dezembro de 1977 pelo engenheiro italiano da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) Alberto Rogano. O circuito recebeu a Fórmula-1 pela primeira vez no dia 29 de janeiro de 1978. A prova foi vencida pelo argentino Carlos Reutemann, da Ferrari, e Emerson Fittipaldi, da Copersucar, foi o segundo colocado. Alain Prost é o piloto com maior número de vitórias no Grande Prêmio do Brasil (disputado no Rio) de F-1 (82, 84, 85, 87 e 88).
A Stock Light tem nove etapas e a equipe do carro campeão vai receber desconto de 50% no aluguel do motor Chevrolet da V8 em 2004, além de pneus para toda a temporada. O campeão da Stock Light também vai ganhar de prêmio um Astra GSI 0KM, o segundo colocado no final do ano leva um Celta e o terceiro colocado um cheque de R$ 10 mil.
Classificação da Stock Car Light:
1) Luís Carreira Jr., 184 pontos
2) Wellington Justino, 157
3) Diogo Pachenki e Thiago Cecco, 152
5) Sérgio Ruas, 131
6) Paulo Roberto Bonifácio, 116
7) Baltazar Jr., 114
8) Oscar Sajovic, 56
9) Alan Chanoski, 55
10) Leo de Nigris, 51
11) Paulo Yamamoto, 39
12) Marcelo Reis, Mário Ferreira e Jorge Schubach, 23
15) Oscar Chanoski, 22
16) Ivan Mendes, 20
17) Daniel Rossatti, 19
18) Cláudio Dahruj, 18
19) José Córdova, 15
20) Rogério Castro, 9
Nokia, líder mundial em comunicação móvel, apresenta a Stock Car Brasil, que tem promoção e organização da Vicar Promoções, com comercialização da Sports Momentum e supervisão da Confederação Brasileira de Automobilismo. Os patrocínios são de Chevrolet e Pirelli e co-patrocínios de Medley e Repsol.