Wagner Ebrahim levou batida na estréia

Não foi a estréia que Wagner Ebrahim (Valorem) planejava na Stock Car V8. Com um excelente carro em condição de corrida, o paranaense levou uma batida por trás de André Bragantini Jr. quando já ocupava a 11 posição, ainda na nona das 50 voltas da etapa de abertura do Campeonato Brasileiro, que foi disputada na manhã de domingo (28/3) no Autódromo Internacional de Curitiba. Perante um excente público de 30 mil pessoas a vitória ficou com o carioca Cacá Bueno, que completou a prova em 43min17s062, na média horária de 176, 738 quilômetros, com a vantagem de 4s833 sobre o paulista Giuliano Losacco, o segundo colocado.

Depois de ter enfrentado uma série de problemas mecânicos nos treinos livres, Wagner Ebrahim garantiu a 20 posição no grid de largada, com uma desvantagem de pouco mais e meio segundo em relação a Cacá Bueno, o pole position. “Foi no treino de classificação que começamos a acertar o carro. Então, para a corrida, a expectativa era muito positiva”, contou o piloto que estreava com carros de Turismo e no automobilismo nacional. Depois da largada, os prognósticos da equipe Diretriz/Valorem começaram a se confirmar. “O carro estava excelente. Fui ultrapassando no mínimo um carro por volta, e vi que tinha condições de ir brigar lá na frente, entre o sexto e oitavo colocados”, admitiu Wagner, que foi alijado da prova ainda no começo da competição, justamente quando ultrapassou um concorrente. “Eu tinha tentado ultrapassar o Bragantini no final da reta, e ele jogou o carro contra o meu e arrancou um pedaço da minha carenagem dianteira esquerda. Quando chegamos na curva Zero, ele novamente me fechou. Aí passei ele na freada do final da reta, e ele me deu um totó na traseira”, explicou Ebrahim, que na rodada acabou levando André Bragantini Júnior.

Wagner Ebrahim acredita que a sua primeira experiência na Stock Car foi boa, apesar de todos os problemas que enfrentou. “Pelo menos eu ví que a minha adaptação foi rápida, e que posso ser competitivo. E também deu para ver que o pessoal que corre de Turismo não pensa duas vezes antes de jogar o carro para cima e bater, confiando na proteção que a carroceria pode dar”, observou o piloto que sempre correu em carros do tipo Fórmula, em que qualquer toque pode causar acidentes de grandes proporções. “Agora só preciso fechar patrocínios para continuar na categoria. Enquanto isso, vou correndo de kart para me manter em atividade e aprimorando os reflexos e o preparo físico”, encerrou Ebrahim.