Existe uma máxima no automobilismo que diz que quem experimenta a sensação de um carro de corridas uma vez, é mordido pelo micróbio da velocidade. E fica infectado pelo resto da vida. Com Wagner Ebrahim (Guararapes/Sudati Compensados/Valorem) aconteceu isto aos 13 anos de idade, quando começou a correr de kart. A “doença” persistiu aos 18 anos, ao estrear em monopostos na Europa, e persiste mais grave ainda, depois que o paranaense fez a sua primeira experiência com carros de Turismo, na abertura do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8, no mês de março. “Peguei o vírus. O bichinho me mordeu mesmo. Gostei de tudo na Stock Car e vou correr em Interlagos ainda mais doente”, riu Ebrahim, que fez uma prova espetacular em Curitiba. A 2ª etapa da Stock Car V8 vai ser disputada neste domingo (18/4) em São Paulo, a partir das 10h35, com transmissão ao vivo pela TV Globo.
Não foi bem a estréia que Wagner Ebrahim planejava na Stock Car V8. Com um excelente carro em condição de corrida, o paranaense levou uma batida por trás quando já ocupava a 11ª posição, depois de ter largado do 20º posto, ainda na nona das 50 voltas da etapa de abertura do Campeonato Brasileiro, e abandonou o Autódromo Internacional de Curitiba sem receber a bandeirada de chegada. “Pelo menos, eu vi que a minha adaptação foi rápida e posso ser competitivo. Mas, também deu para ver que o pessoal que corre de Turismo não pensa duas vezes antes de jogar o carro para cima e bater, confiando na proteção que a carroceria pode dar”, observou o piloto que sempre correu em carros do tipo Fórmula, em que qualquer toque pode causar acidentes de grandes proporções.
O bom desempenho de Wagner Ebrahim pilotando o Stock Car da equipe Dietriz/Bassani Racing, dirigida pelo piloto Duda Pamplona e o engenheiro Eduardo Bassani, rendeu o patrocínio das empresas do ramo madeireiro Guararapes Compensados e Sudati, que viabilizaram a participação do paranaense na categoria. “O excelente carro que a equipe do Duda e do Bassani prepararam para mim, permitiu que eu fosse ultrapassando no mínimo um carro por volta em Curitiba. Vi que tinha condições de ir brigar lá na frente, entre o sexto e o oitavo colocados, e a Guararapes e a Sudati perceberam que poderiam investir em nosso projeto”, comentou Wagner, elogiando o desempenho do carro que teve em mãos antes de ser alijado da prova ainda no começo da competição, justamente quando ultrapassava mais um concorrente. “Acho que agora, mais adaptado ao carro e à equipe, poderei brigar mais na frente, desde o treino classificatório”, acredita o piloto da Guararapes/Sudati Compensados/Valorem.