A comemoração de Ingo Hoffmann, maior vencedor da história da Stock Car, pelo terceiro lugar no grid da quinta etapa do Campeonato Brasileiro, no Rio de Janeiro, foi tão efusiva quanto a do piloto da casa Popó Bueno, que conquistou sua primeira pole-position na categoria. Talvez maior. Enquanto o carioca mostrou estar entrando definitivamente no pelotão de elite da categoria, o paulista festejou a retomada de sua competitividade na categoria.
“Estamos ressurgindo das cinzas”, desabafou Ingo. Tal qual na etapa de Londrina, três semanas atrás, o treino classificatório foi marcado pela presença da chuva. Todos os pilotos participaram de uma sessão única, com pista liberada. “A gente achou que a chuva viria logo e eu fui para a pista logo no início. Fiz uma boa volta e fui para os boxes. Coloquei mais dois pneus novos e voltei à pista, mas aí o câmbio quebrou. Esse foi o meu treino”, resumiu.
Nem o problema com o câmbio tirou o ânimo do piloto, que leva no carro número 17 as cores e logomarcas de Filipaper, Castrol, Sab Company, Sab SP, CMA, Ondafresh e Cristália Genéricos. “Talvez eu nem conseguisse baixar o meu tempo, mas não tem problema. O mais importante é que, depois de um início bem complicado, eu tenho de novo um carro competitivo, o carro está na mão para a corrida. A equipe fez um ótimo trabalho”, reconheceu.
Ingo é o piloto que mais venceu provas da Stock Car no circuito carioca. No total, foram seis primeiros lugares. Neste ano, foi oitavo colocado em Curitiba e 14º em São Paulo. Depois, abandonou em Tarumã com problemas mecânicos e ficou fora da disputa também em Londrina, por conta de um acidente que envolveu vários carros na largada. “Em Londrina eu já tinha um carro melhor, e aqui a nossa evolução foi bem mais significativa”, comparou.
O carioca Sandro Tannuri, companheiro de Hoffmann na JF-Filipaper, foi o 13º mais rápido na tomada de tempos. Mesmo conquistando sua melhor posição num grid neste ano, ficou aborrecido ao final da sessão. “Eu fui atrapalhado duas vezes, sempre em voltas rápidas, pelo mesmo piloto”, reclamou, numa alusão ao paulista Thiago Camilo. “Eu sei que ele não teve intenção de me prejudicar, mas o fato é que quase parou na pista e atrapalhou, sim”.
Tannuri, que tem no carro número 10 as logomarcas de Filiperson, Filicoat, Kalunga e Caçula, conseguiu seu melhor tempo apenas na décima volta. “Eu teria condições de largar bem mais para a frente, talvez até repetir o que fiz no ano passado”, supôs, lembrando da sexta colocação que obteve no grid da quarta etapa, também no Rio, para uma prova em que seria segundo colocado. “Agora, só me resta tentar recuperar o prejuízo na corrida”.