Ter sobrenome famoso no automobilismo não é privilégio de André
Giaffone e Pedro Gomes cujos pais são, respectivamente, Afonso Giaffone e
Paulão Gomes. Filhos de campeões mundiais de Fórmula-1 com sobrenomes como Piquet, Scheckter e Lauda, entre outros, já passaram ou continuam pelas pistas do mundo. No caso do automobilismo tupiniquim, Afonso e Paulão fizeram história no Campeonato Brasileiro de Stock Car, que no próximo domingo terá a sexta etapa da temporada no Autódromo de Interlagos.
Pedro e André são companheiros na equipe criada pelos pais, a Giaffone Motorsports. O tetracampeão da categoria Paulão Gomes (79, 83, 84 e 95) foi o primeiro vencedor da história da Stock Car enquanto Afonso, seu grande rival nas décadas de 70 e 80, venceu em 1981 e o tio de André, Zeca Giaffone, conquistou o título em 1987. Ser filho e sobrinho de gente tão famosa assim e com importante presença na história do automobilismo brasileiro tem vantagens e desvantagens. André, de 32 anos, evita comparações.
“Quero mostrar que não tenho somente um sobrenome bonitinho. Sei que tenho obrigação de honrar o Giaffone, mas quero ser conhecido como o André Giaffone pelos meus méritos e não somente como o filho do Afonso e sobrinho do Zeca”, disse André, que cuida da empresa da família.
Pedro Gomes diz que ser conhecido como o filho do tetracampeão Paulão
Gomes, que somente em 2002 deixou de correr na Stock Car, em alguns
momentos chega a ser pesado. Afinal, depois de Ingo Hoffmann, que tem 12 títulos, Paulão é o maior ganhador da categoria.
“O bom é que o sobrenome abre algumas portas e o lado ruim é que existe muita cobrança em cima de mim e tenho de fazer jus aos títulos que meu pai conquistou. Se por um lado pesa, por outro acaba fazendo eu me esforçar mais ainda e exigir muito de mim. Mas só o tempo vai mudar essa situação. Quando obtiver bons resultados deixarei de ser conhecido como o filho do Paulão e vou ser somente o Pedro Gomes”, completa o piloto de 21 anos e que disputou, mês passado em Curitiba, a segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance ao lado do pai.
Com 32 pontos, André Giaffone ocupa a sexta colocação na classificação geral do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8. Ele está atrás do líder Ingo Hoffmann (86), de David Muffato (75), de Chico Serra (47), de Carlos Alves (43) e de Cacá Bueno, que tem 42 pontos.
“Considero que minha carreira na Stock V8 começou neste ano, pois em 2001 não tive uma boa experiência. Estou feliz com a equipe que está crescendo vagarosamente. Estou reaprendendo algo que começou errado há alguns anos e agora em Interlagos quero largar entre os seis primeiros e chegar ao pódio. Para isso, preciso aprender a usar melhor os pneus novos”, disse Giaffone, primo do também piloto Felipe Giaffone, que fraturou a perna direita e a bacia num acidente no Grande Prêmio de Kansas da IRL (Indy Racing League).
Pedro Gomes está na 17ª colocação com 19 pontos e, assim como André, marcou pontos em três das cinco provas da temporada. Nas outras duas, ambos abandonaram.
“Tenho muito a aprender sobre o carro e sinto que estou melhorando a cada dia. Quem sabe uma hora dessas não pinta um pódio pela frente, né ?”, brinca Pedro.
Nokia, líder mundial em comunicação móvel, apresenta a Stock Car Brasil, que tem promoção e organização da Vicar Promoções, com comercialização da Sports Momentum e supervisão da Confederação Brasileira de Automobilismo. Os patrocínios são de Chevrolet e Pirelli e co-patrocínios de Medley e Repsol.
Mais informações no site www.stockcar.com.br
