Pilotos temem loteria na classificação

Parece que a chuva gosta mesmo de desempenhar um papel de protagonista nas corridas realizadas no autódromo de Interlagos. Mesmo correndo em julho, uma época bastante seca em São Paulo, os pilotos da Stock Car estão tendo que lidar com um tempo instável. Segundo Gualter Salles (Golden Cross/Alpina), as indefinições do clima podem prejudicar os pilotos de ponta.

“Claro que a chuva é igual para todos, mas ela pode trazer resultados mais inesperados, formando a classificação numa verdadeira loteria. Isso não é bom para quem vem conseguindo andar constantemente na frente”, conta Salles, que largou em terceiro nas últimas duas provas disputadas em Interlagos.

Outro fator que preocupa os pilotos é a possibilidade de o treino classificatório ser disputado no formato de sessão única de 45 minutos, com a participação de todos os pilotos, sem limitação de voltas.

“Essa seria uma forma de minimizar os efeitos das mudanças bruscas de clima, mas também pode significar resultados imprevisíveis, pois nunca fizemos uma sessão desta forma com os novos pneus importados”, conta André Bragantini.

Nos treinos livres disputados hoje, a chuva apareceu em boa parte das sessões. Com isso, o melhor tempo acabou sendo registrado quando a pista estava pouco úmida, embora nunca estivesse 100% seca. O melhor na última sessão foi Giuliano Losacco, com 1m40s913.

Os pilotos da equipe Golden Cross consideram positivo o treino de hoje. Salles fez um bom sexto tempo, deixando-o com a perspectiva de conseguir um lugar nas duas primeiras filas no grid da corrida de domingo, que será às 13h, com transmissão ao vivo pela Sportv.

Já André Bragantini esteve bem no primeiro treino, quando registrou o quinto melhor tempo. Na última sessão, no entanto, ficou no grupo que entrou na pista quando as condições estavam piores, e com isso ficou em 19º lugar.

“Estamos animados porque o carro rendeu bem na pista seca. Temos um bom acerto para essa condição”, conta Bragantini.