Categoria: Stock Car
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3 de agosto de 2004 15:38

Boesel insatisfeito com punição a Feldmann

Raul Boesel (Repsol) recebeu com incredulidade e indignação a punição aplicada a Alceu Feldmann (Fertipar) pelo grave acidente envolvendo ambos os pilotos na corrida da Stock Car disputada domingo em Curitiba. Considerado culpado pelo toque que mandou Boesel contra o muro no fim da reta dos boxes, a uma velocidade estimada de 240 km/h, Feldmann foi multado pela direção de prova em R$ 2.000,00 e perderá 10 minutos nos dois treinos livres da próxima etapa, marcada para 29 deste mês em Londrina.

“Essa pena é simplesmente ridícula. Perdeu-se a noção do que é intencional e perigoso. Depois do que ele fez, a decisão corresponde a passar a mão na cabeça do responsável por uma batida que arruinou todo o trabalho do meu fim de semana e que só por muita sorte não resultou em danos físicos. Não quero nem falar nos prejuízos materiais, mas é duro acabar uma prova desse jeito, perdendo uma ótima chance de me aproximar do segundo lugar na classificação, por causa de uma atitude irresponsável”, afirmou Boesel, que se manteve em 3º no campeonato.

O campeão mundial de esportes protótipos de 1987, acostumado também a andar no trânsito a mais de 300 km/h nas perigosas provas em circuitos ovais nos Estados Unidos, acha que está havendo uma distorção nos critérios de punição. “Não é preciso uma batida forte para caracterizar uma situação de alto risco. Um toque sutil pode ter conseqüências muito mais graves, dependendo do caso. Foi o que aconteceu em Curitiba. Bastou o Feldmann encostar no meu carro para que eu virasse passageiro e batesse com violência”, argumentou.

Boesel disse que ficou tão surpreso com o choque que imaginou ter sido atingido na traseira. “Quando encontrei o Thiago Camilo, perguntei se havia sido ele quem batera no meu carro. Foi quando ele me disse que fora o Feldmann. Fiquei chocado, porque ele tinha perfeita visão do meu carro e não precisaria movê-lo para a esquerda. Aliás, ele me segurou durante várias voltas. Eu estava muito mais rápido, e seria mais inteligente da parte dele perder apenas uma posição depois que eu já o estava ultrapassando. Ele preferiu jogar a corrida dele fora.”

Habitualmente tranqüilo e reservado, Boesel ainda tem dificuldade para digerir os episódios do fim de semana. Disse que também não entendeu por que a direção de prova não mandou o safety car para a pista depois de sua batida. “Parei num local perigoso e os carros não diminuíam a velocidade. Eu queria sair rapidamente do cockpit, mas não dava porque ninguém tirava o pé. Os fiscais que vinham me ajudar corriam quando os carros se aproximavam. Às vezes, em situações muito menos graves, o safety car é chamado. Não entendi por que não fizeram o mesmo em Curitiba.”

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