A Stock Car está de volta a terras argentinas e realizará no próximo final de semana (5 e 6/10) a nona etapa da temporada 2024, em Buenos Aires. Na terra do tango, a principal categoria do automobilismo brasileiro tem uma história crescente.
Entre a sua primeira ida à capital do país vizinho, em 2005, e a última passagem pela fronteira, no ano passado, foram realizadas sete corridas marcadas por fatos curiosos. Em toda sua história, a Stock Car viu somente campeões terminarem no topo do pódio na Argentina.
Giuliano Losacco (2005), Ingo Hoffmann (2006), Cacá Bueno (2007), Felipe Fraga e Rubens Barrichello (2017) e Gabriel Casagrande (2023) foram os vencedores da categoria no país vizinho, enquanto Matías Rossi, que venceu no ano passado correndo “em casa”, ostenta no seu currículo o pentacampeonato do TC2000, importante categoria argentina que vai acelerar na tarde de domingo com a disputa dos 200 Km de Buenos Aires.
A primeira prova da história da Stock Car em Buenos Aires aconteceu em 30 de outubro de 2005. Com 41 carros no grid, a corrida foi vencida por Giuliano Losacco, a bordo de um Chevrolet Astra, em resultado que foi fundamental para terminar aquela temporada como bicampeão da categoria, com somente um ponto de vantagem para Cacá Bueno, que conheceria o sabor da vitória na capital argentina dois anos depois.
Antes, em 2006, Ingo Hoffmann superou a chuva forte com seu Mitsubishi Lancer #17 e deu um show após ter largado do oitavo lugar para vencer pela 76ª e penúltima vez na Stock Car. A prova foi marcada pelo acidente impressionante sofrido pelo carioca Gualter Salles nas voltas finais.
Piloto de enorme sucesso e um dos brasileiros mais bem-sucedidos no automobilismo argentino, Cacá Bueno morou no país vizinho por três anos e por lá competiu entre o fim dos anos 1990 e o início da década de 2000. De volta ao Brasil e consagrado como campeão da Stock Car, o carioca brilhou em Buenos Aires com Mitsubishi Lancer, venceu e encaminhou o segundo título dois meses depois.
A Stock Car voltou a correr na Argentina após hiato de uma década. Campeão vigente em 2017, Felipe Fraga acelerou o Chevrolet Cruze para conquistar a vitória no exterior.
“Foi uma das melhores atuações na carreira”, disse o piloto à época. Naquele mesmo fim de semana, Rubens Barrichello aplicou a estratégia de priorizar a Corrida 2 com o regulamento que vigorou até o ano passado, largou em 19º e terminou a rodada no topo do pódio.
Depois de um novo hiato, que durou seis anos, a categoria cruzou a fronteira com a Argentina novamente para correr em Buenos Aires. Diante de mais de 50 mil pessoas, a Stock proporcionou uma grande festa do automobilismo sul-americano com vitórias de Gabriel Casagrande (Chevrolet Cruze), em feito que pavimentou o caminho rumo ao seu bicampeonato, enquanto o ídolo local Matías Rossi levou o Toyota Corolla #117 ao primeiro lugar na Corrida 2 da etapa.
Jamais a Stock Car repetiu poles e vencedores correndo em Buenos Aires. Além dos sete pilotos diferentes que saíram com o triunfo em Gálvez, a categoria brasileira conheceu cinco competidores distintos que alcançaram o ápice da performance com a volta mais rápida da sessão classificatória.
Ex-Fórmula 1, Christian Fittipaldi foi o primeiro pole da Stock Car na Argentina, em 2005, com Mitsubishi Lancer. O modelo da marca dos três diamantes também levou Felipe Maluhy à posição de honra do grid no ano seguinte. Já em 2007, foi a vez de Ricardo Sperafico marcar a pole position com Peugeot 307.
Na trilha para seu primeiro título de campeão da Stock Car, Daniel Serra conquistou a ponta do grid em 2017 guiando o Chevrolet Cruze. E no ano passado, também com Cruze, Felipe Fraga registrou a volta mais rápida da classificação.
Buenos Aires, diga-se, foi o palco de feitos históricos de pilotos brasileiros ao longo dos tempos. Antes mesmo do nascimento da Stock Car, em 1979, dois nomes vitoriosos brilharam na terra de Diego Maradona: Chico Landi terminou a prova inaugural do Autódromo Oscar y Juan Gálvez em terceiro lugar, em março de 1952, a bordo de um Ferrari 125C. Landi chegou atrás somente de duas lendas argentinas: Juan Manuel Fangio e José Froilán González.
Quatro anos depois, Buenos Aires foi palco do melhor resultado de Landi na Fórmula 1. Correndo em dupla com o italiano Gerino Gerini, Chico fechou a etapa na quarta colocação.
Emerson Fittipaldi venceu duas vezes correndo em Buenos Aires. Em 28 de janeiro de 1973, então campeão vigente da Fórmula 1, o brasileiro venceu com a Lotus-Cosworth 72D após grande batalha contra François Cévert e Jackie Stewart.
Em 1975, já como bicampeão do mundo, Emerson partiu da quinta colocação, superou concorrentes como Niki Lauda, Carlos Reutemann, James Hunt e José Carlos Pace para triunfar novamente em solo argentino.
Em 1981, Nelson Piquet venceu com a Brabham empurrada por motor Ford Cosworth na esteira de um fim de semana perfeito com pole e primeiro lugar após ter liderado todas as voltas. Aquela conquista foi fundamental para seu primeiro título mundial na Fórmula 1, já que a diferença para o vice-campeão, Reutemann, foi de apenas um ponto (50 x 49).
No fim de semana dos 200 Km de Buenos Aires, dois brasileiros já tiveram a oportunidade de vencer a prova, uma das mais famosas do automobilismo argentino. Luciano Burti faturou a corrida em 2005 em dupla com o argentino Diego Aventín, a bordo de um Ford Focus I.
Quatro anos depois, Ricardo Maurício formou parceria com o ex-Fórmula 1 Norberto Fontana para vencer com um Toyota Corolla X. Rubens Barrichello, em 2020, e o próprio Ricardinho, em 2023, venceram a corrida classificatória do TC2000 em Buenos Aires.
A etapa argentina da Stock Car terá transmissão no canal oficial da categoria no Youtube, na Band (TV aberta), SporTV e BandSports (canais por assinatura).
Confira a programação da Stock Car na Argentina
Sexta-feira, 4 de outubro
08h00 – Stock Car – Shakedown
09h40 – Stock Car – Treino Livre 1
14h35 – Stock Car – Treino Livre 2
Sábado, 5 de outubro
09h35 – Stock Car – Classificação
15h30 – Stock Car – Corrida 1 (40 minutos + 1 volta)
Domingo, 6 de outubro
12h20 – Stock Car – Corrida 2 (40 minutos + 1 volta)
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