A W Series está correndo contra o tempo para conseguir encontrar apoio financeiro para terminar a temporada 2022. Catherine Bond-Muir, diretora-executiva, afirmou que uma decisão será tomada até semana que vem.
Nesta semana, o conceituado jornal The Telegraph jogou sob os holofotes as questões que a categoria feminina está passando. Devendo milhões para diversas empresas, corre o risco de não conseguir completar o calendário do campeonato.
Para o GP de Singapura, por exemplo, a equipe que cuida da transmissão e hospitalidade está bastante reduzida. Ainda, é possível que as pilotas sequer consigam receber a premiação em dinheiro do final do campeonato.
Pensando nisso, Catherine disse estar trabalhando incansavelmente. “Temos de tomar uma decisão na próxima semana. Isso aconteceu muito rápido, então, no momento, estamos tentando correr atrás, e uma vez que fizermos isso… Claro, em nossa cabeça fizemos muitas contingências”, disse a dirigente.
“Mas não sei se quero dizer o que vai acontecer, pois não sei qual a posição do momento. Estou trabalhando muito duro, tive uma hora de sono porque estava falando com Londres e Estados Unidos”, continuou.
“Essa não é a circunstância mais inusual em que já me encontrei. Sofremos desde o dia 1. Você sabe as histórias sobre esportes femininos – as jogadoras de rugby viajam de econômica e os jogadores, primeira classe – há uma paridade no tênis apenas por causa que Billie Jean King tem lutado há 50 anos”, seguiu.
“Então, não tenho dúvida de que o futuro vai ser muito mais fácil parra nós, mas acho que não é apenas um problema de automobilismo, acho que é um problema do esporte feminino. A razão de estarmos assim é porque estava em São Francisco no final de semana e o dinheiro que era para chegar, não veio”, completou.
“Estamos conversando com um número enorme de pessoas, e o motivo de eu não estar dormindo tanto – para conseguir mais dinheiro e estou racionalmente confiante que isso vai acontecer. Espero que as duas últimas corridas aconteçam”, emendou.
Bond Muir ainda contou como foi a reação das pilotas ao serem informadas sobre todas as questões. “Elas têm sido inacreditáveis. Conversei com as pilotas há dois dias e foi um pouco emotivo. Apoiaram 100% . Todas estavam chateadas, isso significa muito para todas e todas mandaram mensagens inacreditáveis de apoio”, falou.
“A vantagem disso é que as pessoas saíram da toca. Ninguém percebeu que estávamos procurando financiamento do jeito que estávamos, então, tínhamos consultores nos Estados Unidos e estávamos procurando predominantemente lá. Então, inquestionavelmente, embora essa não seja uma experiência feliz ou ótima, na verdade nos ajudou bastante”, concluiu.